segunda-feira, 11 de maio de 2009

Superficialidade de Um Ser Sociável.

Como são os sentimentos; ora maravilhosos, ora malditos. Incrível como a vida é um ciclo. A gente diz 'olá' à um estranho, nos envolvemos, amamos e depois nos decepcionamos com o ele ou o decepcionamos. Ficamos eufóricos com o desconhecido, tão interessante, tão puro. Isso até destrói a gente, pelo menos eu, que sofro antecipadamente à procura de conclusões. Quando você acha que sabe o bastante sobre aquele estranho que conheceu ontem, é aí que se engana; ele se torna mais um desconhecido de novo. É um grande ciclo inacabável. Somos seres sociáveis, precisamos nos envolver, afinal, como já diria Renato Russo "toda a dor vem do desejo de não sentirmos dor", a mais pura verdade. Não suportamos a solidão e por isso nos relacionamos e tragamos, mais uma vez, a terrível dor. Não que todos irão nos decepcionar, mas é bem possível, já que somos pessoas no mínino com alguma diferença.
Amor, encanto: um toque de navalha ou pluma.
Não só o amor ou o encanto, qualquer sentimento pode ser uma faca de dois gumes, seja o orgulho, a culpa, a incerteza. Cabe a nós administrá-los a nosso favor, mas isso infelizmente não é ensinado por aí nos cursos técnicos, nas universidades e nas escolas que enchem nossa cabeça de várias informações que às vezes são descartáeis. Aprende-se apenas vivendo.
Lamento pela vida dos jovens da nova geração por estar enfiada em um computador, televisão, bomba, funk e blusas caras que qualquer marombeiro tem no guarda-roupa (não que isso seja exclusivamente um mal). Eles vivem em uma casa de espelhos e embora seus reflexos pareçam estupendamente maravilhosos, são apenas iguais e imutáveis, aparentemente. E por quê? Eles são os mesmos seres sociáveis que se encantam com a beleza superficial, que se encantam com o estranho e têm a necessidade de assemelhar-se. Estão todos vivendo a mesma vida, e assim o mundo vira monótono, imutável e repugnante como eles. O individualismo substitui a individualidade. É um nojo saber que os "revolucionários" muitas vezes por seres apenas eles, são vomitados da inclusão social. E daí? Eles preferem muito mais amigos interessantes onde vale a pena descobrir cada detalhe de sua existência, preferem sentir a vida que construíram com um ideal do que ter mais de 500 amigos no orkut.
A ironia é: todos esses jovens dizem querer mudar o mundo, mas como mudar se eles próprios produzem um universo socialmente imutável?

PS1: Post de inauguração, então, me perdoem por possíveis erros e pelos meus textos às vezes serem meio retardados.
PS2: Não quis expressar nesse post preconceito musical ou social, apenas expresso um pensamento.
PS3: Esse post foi inspirado em um texto de um blog de um menino da minha escola (Gabriel Leite) que possivelmente nem sabe que existo.
PS4: Espero que o blog seja bastante lido e que receba vários comentários e opiniões, com críticas, principalmente construtivas. Bom, divirtam-se!

3 comentários:

  1. Lembrando sempre que as pessoas são novas,só por um dia.Depois elas são tão comuns como eu e você.
    Acho que os revolucionários perceberam algo beeeem maior,percberam que não precisam ser admitidos num mundo onde tudo é classificad,sensivel,quantificado,podiam esquecer todas as regras,tudo que havia sido ensinado e padronizado antes.Hora de criar!

    ps=primeiro comentário!!!

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  2. gentem,adoreeeeeeeei seu post inaugural!Eu só tenho amigos que escrevem bem,que lindo!continue assim[/comentário de professor de pré escola].
    xoxo

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  3. "Blusas caras que qualquer marombeiro tem no guarda-roupa"
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKK... Caí de rir!

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