quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Complexo das Borboletas

Tanto sonhar,
Tanto querer.
Espero.
Contemplar o vento a denunciar meus devaneios.

Penso metamorfose.
E ouço os risos do meu sono tocar o céu.
E procuro voar nas palavras
Enquanto choro a amargura de viver crisálidas.

Ver a felicidade por cima do meu juízo
E esculpir milhares de sorrisos vagando pelo ar.
Paralisando as vozes e os sentidos
Que bailam mansos distante desse universo.

Não distinguir o tédio de tranquilidade.
E querer paralisar o bucolismo em quadros.
E mergulhar num tempo onde não há relógios.
Sem traços, tampouco limites.
Pois para o poeta sonhador, só a arte de imaginar existe.