terça-feira, 30 de junho de 2009

MJ, Meet Us In Neverland.


Dia 25 de junho de 2009. O mundo parou, a internet parou, os meios de comunicação só falavam de uma coisa: a morte do Rei do Pop.
A TV repleta de homenagens, tributos que me fizeram relembrar como o mundo é hipócrita. A mesma TV que tanto o humilhou, agora o tratava como um verdadeiro rei.
Fico comovida com muitas coisas, e uma delas foi a morte de Michael Jackson. Confesso que não era sua maior fã e não estava habituada a sempre ouvir suas maravilhosas músicas, mas sempre lembrava de Michael como alguém digno de admiração. Fiquei muito triste e até chorei algumas vezes lembrando de certas coisas, de como Michael sofreu em toda sua vida.
Todos nós conhecemos sua história familiar e por mais que muitas pessoa não acreditem que a vida familiar e o mundo ao redor modificam o modo de pensar de outrém (estão sempre dizendo "tenho personalidade forte, nada influenciável!"), acredito na possibilidade. E é um com base nisso que penso sobre fatos marcantes sobre a vida de Michael.
A relação com seu pai era turbulenta: imagine seu querido pai dizer que você é feio, isso e aquilo. O que você faria? Particularmente, me sentiria péssima e provavelmente responderia agressivamente contra ele ou contra mim mesma. Muitos dizem que Michael respondeu lutando contra si, contra seu corpo. Entra aí aquela velha história do "embranquecer" de sua pele e das plásticas. Quanto ao "embranquecer" não sabemos ao certo o que houve, mas sabemos que sofria de lúpus (uma doença maluca que luta contra seu próprio corpo, podendo causar alterações nele) e vitiligo. Quanto às plásticas, se estivesse na situação dele acho que faria a mesma coisa. Não é nem um pouco legal ser criticado por sua aparência.
Esse acontecimento gerou grande polêmica e pra mim foi aí que o mundo começou a vê-lo como um monstro racista, distorcendo qualquer palavra dita de sua boca para torná-lo um preconceituoso. Chegaram até a dizer que Michael era anti-semita por causa da letra de uma música sua que diz ''me chame de judeu, me processe, todos me obrigam, me chute, me chame de judeuzinho", será que ninguém percebeu que era uma crítica ao anti-semitismo, uma denúncia?! E o que dizer sobre a mensagem do clip Black or White?!¹ Se isso não foi preconceito do público em relação à Michael, foi um problema de analfabetismo funcional...
Entrando na polêmica do abuso sexual, isso é outro mistério. Eu prefiro acreditar que ele não era um pedófilo, apenas tinha a síndrome de Peter Pan (Neverland diz tudo né?!), quando a pessoa que não teve infância a desenvolve na fase adulta. Isso explica o seu encanto por coisas infantis. Mas o que me chama a atenção em Michael é seu amor pelas crianças, ele era como uma delas. Seu sorriso sincero e sua alma doce já eram o bastante para o livrar das acusações, pelo menos pra mim; de qualquer forma não haviam provas de que ele de fato cometeu o crime. Sinceramente, acho que um acordo financeiro não compraria o prazer de sentir a justiça tratando-se de um filho...
Em sua defesa, Michael fala de algo interessante: a pureza existente no ato de amar as crianças, alega que o ativismo não deixam as pessoas demonstrarem amor por seus filhos e por isso a humanidade estava ficando doente. Não era a primeira vez que se mostrou interessado em mudar a condição do mundo.
Sobre esse fato expresso minha indignação com a mídia, em especial a televisão. Ao passo que amo a comunicação, confesso que às vezes ela é muito irresponsável e prejudicial. Com base nisso, vale lembrar que as manchetes sobre abuso sexual o envonvendo eram enormes e a notícia que dizia sobre a falta de provas bem menor... E é aí que está meu luto, não pela sua morte física, mas pela tentativa de assassinato da mídia sobre a vida dele há uns 15 anos atrás. Talvez isso explique porque Michael escondia seus filhos, para que não sofressem com a exposição também. Várias pessoas o odiaram, e odeiam, por tais acusações e mal interpretação de seus atos, mas felizmente Michael era um apaixonado pela vida e por isso estará sempre vivo, sendo um mito, um rei, dentro de nós.

¹Vale conferir: http://piero.jor.br/2008/08/12/as-mensagens-ocultas-de-black-and-white/

3 comentários:

  1. Nossa, concordo pelnamente micheal nunca teve infancia, pois ja no jackson five ele tinha uns 10 anos era o mais novo, a midia ja caia matando com 12 anos participou de um programa aonde arranjavam namoradas para ele... eu acredito que se nao acharam nenhuma prova de pedofilia e que a "Mãe" aceitou dinheiro em vez de justiça... que o ato de pedofilia tenha acontecido realmente... Micheal foi um dos artistas mais foda que eu ja vi os clipes dele mais antigos atraem mais ao publico do que os que são feitos hj(é claro existem exeções.)

    adorei seu post Parabéns!

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  2. É isso mesmo, Lly! :)
    Me perdoe por ter saído do MSN e não avisado. Agora pude ler seu texto, e você compartilha minha tristeza e entende o mundo do MJ. Ele foi sempre uma criança, e eram os adultos que tinham perdido a infância dentro deles que o apedrejavam e não entendiam o seu amor por aquilo que nunca pôde ser. Foi obrigado a crescer na frente de todo mundo, e isso é muito díficil.

    A MÍDIA REALMENTE É UMA HIPÓCRITA, E ESTAVA SEMPRE TENTANDO ACABAR COM ELE, E AGORA O IDOLATRA!!! :///

    Ainda assim, nem em morte, ele tem paz. Estamos acompanhando um monte de notícias sensacionalistas, mentiras e mais mentiras, gente aproveitadora =(

    Ao menos ele agora está em um lugar melhor onde pode viver a criança plena que nunca conseguiu ser por aqui.

    BEIJÃO! :*

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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